![]() Parque de Reservatório de Gás Enterrado Se tem um negócio para gerir é muito provável que um dos seus objetivos permanentes seja melhorar a sua eficiência, e melhorar a eficiência passa muitas vezes por conseguir minimizar os custos de operação. No que diz respeito à redução de custos, dizem as boas práticas de gestão que devemos reduzi-los sem que estes tenham implicação no valor acrescentado no nosso produto ou serviço. Ora, de entre os diversas tipos de custos que existem dentro das organizações existem algumas que de facto não contribuem com valor acrescentado para o nosso produto ou serviço, e um desses é a energia, mais concretamente no caso em que vos queremos falar, no gás. Se já acompanha os artigos que vamos escrevendo (de forma algo indisciplinada, diga-se) no nosso blog, sabe que não costumamos usar esta secção do nosso site para nos promovermos diretamente ou para promover algum dos nossos serviços. Preferimos utilizar o nosso blog para divulgar a nossa opinião, aquilo em que acreditamos e artigos que acreditamos que lhe sejam úteis. E é precisamente por esse motivo que desta vez vamos escrever um artigo para promovermos um serviço nosso - Porque acreditamos que lhe pode ser muito útil. Dos vários serviços que prestamos, um deles é o fornecimento de reservatórios de gás para empresas e particulares que tenham um consumo elevado de gás, associando ao mesmo um contrato de fornecimento de gás a granel (fornecido por meio de camião cisterna).
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O Gás Natural existe na terra há milhões de anos, formando-se, tal como o petróleo, a partir da decomposição de matéria orgânica (tal como restos de plantas e animais). Mas só recentemente começou a ser utilizado como fonte de energia. Antes de ser conhecido pelo Homem, era algo que lhe causava muito mistério e que o intrigava. Em alguns locais, este emergia livremente da terra para a atmosfera e, fruto de tempestades de relâmpagos ou de outros fenómenos, incendiava à superfície. Ao incendiar, era como se o fogo estivesse a ser emanado diretamente da terra para a superfície, o que intrigava as populações e civilizações existentes, gerando superstições e misticismos vários à volta deste fogo. Tudo começou na Antiga Grécia![]() O Oráculo de Delfos Uma das mais famosas “chamas místicas” que a história conhece foi encontrada na Antiga Grécia, no Monte Parnaso aproximadamente em 1000 A.C.. Reza a história que um pastor encontrou o que chamou de uma “fonte ardente”, a uma chama que emergia de uma fissura numa rocha. Os Gregos, que acreditaram que esta chama era de origem divina, ergueram um templo em sua homenagem e colocando-o à guarda de uma sacerdotisa de Apolo, de nome Sibila, que ficaria conhecida como Oráculo de Delfos e que fazia profecias inspirada pelas chamas que emergiam da terra. Diz a história que Sibila teve uma influência marcante em todos os grandes empreendimentos Gregos, desde as guerras à fundação de colónias e que “respirando os vapores vindos do chão e emitindo as suas frequentemente intrigantes e confusas profecias” inspirava e influenciava quem lá ia em busca de inspiração. Diz a lenda também que o famoso lema de Sócrates “conhece-te a ti próprio” terá surgido após inspiração dada pelo Oráculo de Delfos. Mas não foi só na Grécia que estas “fontes ardentes” apareceram, havendo registos históricos de semelhantes acontecimentos na Pérsia, na Índia e na China. Tal como na Grécia, a incapacidade de perceber a formação deste fenómeno., associava-as a algo de divino ou sobrenatural, tendo tido grande influência na união de civilizações em torno de uma crença comum. Por volta de 500 A.C., os Chineses descobriram uma forma de dar uso a este fogo. Encontrando alguns locais onde este gás misterioso emergia à superfície, através de “pipelines” feitos com canas de bambu, os Chineses transportavam o gás até perto do mar, utilizando-o para ferver água do mar, separando assim o sal e tornando-a potável. Esta é assim a primeira aplicação conhecida do Gás Natural. Mas foi somente no final do Séc. XVIII e no início do Séc. XIX que se começou a comercializar o Gás Natural, na Grã-Bretanha e algumas cidades dos Estados Unidos como fonte de energia para iluminação, principalmente iluminação pública. Contudo, este era ainda Gás Natural derivado do carvão. A importância dos Bicos de Bunsen![]() Bico de Bunsen O primeiro registo de uma exploração de Gás Natural data de 1821, na pequena cidade de Fredonia, no estado de Nova Iorque, por William Hart. Ao detetar uma série de bolhas a surgir de um riacho, William Hart construiu um poço de forma a conseguir trazer Gás Natural em maiores quantidades à superfície. Surgiu pouco depois a Fredonia Gas & Light Company, a primeira empresa americana a comercializar Gás Natural. Durante grande parte do Séc. XIX a principal utilização do Gás Natural era em iluminação pública, mas como não eram construídos “pipelines”, havia deficiências no transporte e armazenagem o que levava a que nesta altura ainda fosse muito rara a sua utilização para cozinhar ou para aquecimento. Só no final do Séc. XIX com o desenvolvimento da eletricidade, que levou que a iluminação pública começasse a ser substituída por iluminação elétrica, os produtores de Gás Natural começaram a desenvolver utilizações alternativas para o mesmo. Em 1885, Robert Bunsen, inventou um dispositivo que misturava Gás Natural com ar na proporção certa, conseguindo criar uma chama que poderia ser utilizada com segurança para cozinhar e para aquecimento. Esse dispositivo ficou conhecido como o Bico de Bunsen. A invenção deste equipamento (e posteriormente de equipamentos com controlo termostático de temperatura) foi responsável pelo desenvolvimento da indústria do Gás Natural um pouco por todo o Mundo. Mas somente após os anos 20 do Séc. XX, começaram as construções de “pipelines” de maiores distâncias, para permitir o transporte de Gás Natural. Contudo, o grande “boom” da construção de “pipelines” de Gás Natural surgiu no pós II Grande Guerra, aproveitando os desenvolvimentos em metalurgia e soldadura que esta trouxe. A capacidade de construção destes meios de transporte de Gás Natural de forma cada vez mais eficiente e segura, associada ao desenvolvimento das técnicas de pesquisa exploração, levou a que o Gás Natural tivesse uma expansão muito grande em muitos países do Mundo, sendo hoje uma das fontes de energia mais usadas em toda a Europa, América e Ásia. Hoje o Gás Natural é utilizado para mais variado número de fins. Seja para cozinhar ou para aquecimento, para a produção de eletricidade ou para fornos industriais, para o aquecimento de estufas ou para mover viaturas, o Gás Natural é uma fonte de energia segura, limpa e versátil. Se quiser saber mais sobre o que fazemos em Gás Natural, clique aqui, ou aqui. NOTA: Este artigo foi escrito com a ajuda da Wikipedia e do site http://www.naturalgas.org ![]() Fotografia © Carlos Ferro / Diário de Notícias Escrevemos este artigo no dia em que somos confrontados com notícias de uma explosão alegadamente provocada por uma fuga de gás na Charneca de Caparica que, além de avultados danos materiais, provocou também um ferido grave e vários feridos ligeiros. Desconhecemos por completo as causas do acidente, nem sabemos ainda ao certo se foi mesmo uma fuga de gás que provocou a explosão. Mas vamos acreditar nas notícias que entretanto já saíram e vamos fazer este exercício com base nas mesmas e noutras semelhantes que temos tido conhecimento ao longo dos tempos. Os acidentes com gás acontecem, felizmente em muito pequenas quantidades, e são isso mesmo: acidentes. São acontecimentos indesejados que provocam danos em bens e/ ou pessoas. E como tal, não acontecem de propósito. Mas há muito que se pode fazer para os evitar. E é nesse sentido que escrevemos este post. No sentido de fornecer alguma informação que permita que saiba alguns passos simples para evitar acidentes. Mas Antes Disso, Uma NotaQualquer fonte de energia tem riscos. Não existe produção, transporte, armazenamento ou fornecimento de energia sem riscos. Estejamos a falar de eletricidade, gasolina, gás ou outros. O risco é a probabilidade de um evento indesejado. E por ser uma probabilidade temos o dever de reduzi-la! Essencialmente o que temos então que fazer é identificar esses mesmos riscos e desenvolver ações para minimizar a sua probabilidade de acontecer ou de minimizar os seus potenciais efeitos. No caso concreto de uma instalação de gás, sabemos há muito tempo que esta é perfeitamente segura desde que feita de acordo com os requisitos técnicos e legais, assim como as boas práticas do setor. E é isso que vimos fazendo desde o início. Mas não só: queremos também que toda a gente esteja ciente de que todos têm o seu papel na sua própria segurança. Porque as instalações de gás também têm que ser mantidas, preservadas e, por vezes, reparadas. E é por isso que, além de cumprir o que nos é exigido, aconselhamos. É essa a nossa obrigação. É para isso que aqui estamos. Porque efetivamente acreditamos na energia sem acidentes. Então o Que Fazer Para Evitar Acidentes?Existem algumas ações muito que podemos fazer (quer seja em casa ou numa empresa) para garantir a segurança das nossas instalações de gás, que nos podem então ajudar a reduzir os riscos.
Em primeiro lugar, seja para a instalação de gás, para a manutenção da nossa instalação, seja para a montagem de um aparelho de queima (esquentador, caldeira, etc.) devemos exclusivamente contratar empresas credenciadas pela Direção Geral de Energia e Geologia (ver em www.dgge.pt). Para instalação, manutenção ou reparação de uma instalação de gás deverá ser contratada uma Entidade Instaladora, e para a instalação, manutenção ou reparação de um aparelho de queima deverá ser contratada uma Entidade Montadora. Deverá exigir, além de evidência da credencial atualizada (têm validade de 5 anos), uma cópia do Seguro de Responsabilidade Civil Obrigatório. Em segundo lugar, deverá sempre e em todo o caso, respeitar os prazos de Inspeção das Instalações. Poderá saber mais sobre Inspeções às Instalações de Gás neste post que escrevemos há cerca de um mês. Em terceiro lugar, e não menos importante, siga este conjunto de instruções: 1) Em caso de fuga de gás ou suspeita de fuga de gás, não acender nenhuma luz, fósforo, isqueiro ou outro qualquer aparelho que possa provocar uma deflagração (telemóvel, por exemplo). Abra as janelas e as portas para gerar corrente de ar, saia de casa ou da empresa, e em zona segura ligue de imediato para o Piquete de Gás da companhia que lhe fornece o mesmo. No caso de não ter este contacto, ligue para os bombeiros. NOTA: Aconselhamos toda a gente a ter o número do piquete de gás memorizado no telemóvel. 2) Saiba exatamente onde estão as tubagens de gás. As tubagens de gás estão quase sempre embutidas na parede ou no pavimento. Conhecer o seu percurso é fundamental, pois quando fizermos furos na parede para colocar aquele quadro ou aquela prateleira podemos inadvertidamente furar uma tubagem de gás se não soubermos por onde esta passa. 3) Quando usar o fogão, se este não tiver acendedor piezo-elétrico, acender o fósforo ou isqueiro antes de ligar a válvula do bico que vai acender. 4) Já não precisamos de dizer que esquentadores na casa de banho são completamente proibidos pois não? 5) A chama é azul. (sem conotações clubísticas, sff!!) Quanto mais tom de azul tiver a chama do seu fogão, forno, caldeira ou esquentador, melhor é a qualidade da combustão. Se notar uma chama demasiado amarela ou alaranjada, é sinal de que o aparelho não está a proceder a uma boa queima. Nesse caso contacte o fornecedor dos seus aparelhos ou, na sua impossibilidade, uma Entidade Montadora (mais uma vez, consultar www.dgge.pt) para que desloquem um técnico para verificar o que causa essa deficiência. 6) Aquecedores a gás: Somente em zonas com boas condições de ventilação e longe de materiais combustíveis (cortinados, tapetes, etc.), Ok? Ah, e nada de por "naperons" em cima dos aquecedores porque ficam mais bonitos, nem roupa a secar. 7) Tudo fechado. Já não precisa de água quente? Desligue a caldeira/ esquentador (a não ser que seja dos "inteligentes"). Acabou de cozinhar? Desligue o fogão. Acabou o turno no restaurante? Fechem a válvula de corte geral ou as válvulas dos aparelhos. Vai de férias? Feche as válvulas do fogão, esquentador e de corte geral do contador. Acima de tudo, o mais importante é a consciência de que uma instalação de gás é tão segura como outra coisa qualquer desde que se assegure a sua correta manutenção e utilização. Estamos conscientes que este post contém somente algumas das muitas ações que contribuem para a segurança das instalações de gás. Mas como ainda vamos andar por cá uns tempos, e como queremos que nos visite muitas vezes, vamos falando sobre isso ao longo do tempo. Até porque não é por acaso que o nosso slogan é "Desde Sempre, Com Toda a Segurança". Mas queremos saber mais. Daquilo que escrevemos, o que costuma fazer? Já tinha pensado nisto? Há alguma medida adicional que tome que nos queira aconselhar? Comente para iniciarmos uma conversa. Apesar de esta notícia ser de Junho, deparámo-nos com ela recentemente e merece-nos alguns reparos. A notícia em si é um pouco vaga, mas vamos tentar dar uma “achega” acerca do conteúdo da mesma. A notícia, publicada no Diário de Notícias diz o seguinte:
Ninguém fiscaliza instalações de gás 08 Junho 2011 Só são obrigatórias as inspecções periódicas a instalações de gás com mais de 20 anos. Bombeiros e Deco criticam. Em Portugal não são feitas inspecções periódicas às instalações de gás nem há nenhuma entidade pública que se responsabilize por essa fiscalização. "Nos termos da lei só é obrigatória a inspecção periódica de cinco em cinco anos para instalações de gás com mais de 20 anos e que não tenham sido objecto de remodelação", referiu ao DN Ana Tapadinhas, coordenadora do departamento jurídico da Deco -Associação de Defesa do Consumidor. "Defendemos a necessidade de alterar a lei tornando obrigatória essa inspecção periódica para toda e qualquer instalação de gás." De facto, de acordo com a atual legislação (e enfatizamos atual, pois já existem alguns rumores da alterações à legislação há algum tempo) o prazo de inspeção periódica para instalações de gás domésticas é o indicado na notícia, conforme é referenciado no Nº2 do Artº3 da Portaria 362 de 2000 (clicar para download). De acordo com esta Portaria as inspeções a instalações de gás deverão ser feitas sempre nas seguintes circunstâncias, independentemente do tipo de instalação:
1. Instalações de Gás Domésticas: - Ao fim de 20 anos; - De 5 em 5 anos após os primeiros 20 anos da instalação. 2. Instalações Industriais: - De 3 em 3 anos, desde que tenham um consumo anual superior a 50.000 m3 de gás natural ou equivalente em outro gás combustível. 3. Instalações de Gás afetas à indústria turística e de restauração, a escolas a hospitais e outros serviços de saúde, a quartéis e estabelecimentos públicos ou particulares com capacidade superior a 250 pessoas: - De 2 em 2 anos. A legislação prevê ainda que se possa, a qualquer momento, solicitar uma inspeção extraordinária à instalação de gás, pelo que não há “desculpa” para não se encurtar os prazos das inspeções. E aproveitamos este artigo para lembrar também que o responsável pelas inspeções periódicas às instalações de gás é o proprietário ou o utente das mesmas. Ou seja, deverá ser o proprietário da instalação de gás a zelar pela sua segurança e a contactar os Organismos Inspetores registados na Direção Geral de Energia e Geologia (poderá consultar a listagem de entidades inspetoras de instalações de gás em www.dgge.pt) para promover a inspeção periódica à sua instalação. As inspeções periódicas à instalação de gás são um instrumento importante para garantir a sua segurança, mas mais importante ainda é promover uma boa utilização, assim como a manutenção regular da mesma, recorrendo a empresas devidamente credenciadas. Posto isto, pensamos que já tem aqui informação suficiente para não deixar expirar os prazos de validade das inspeções da sua instalação de gás (e para não prestar muita atenção a notícias cujos factos não são os mais exactos!). O que acha? Concorda com a legislação em vigor? Acha que os prazos são adequados? Ou deveria a legislação ser diferente? |
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